sábado, dezembro 30, 2006
quinta-feira, dezembro 28, 2006
Tradições (quase) perdidas
terça-feira, dezembro 26, 2006
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Florestas de sonho
domingo, dezembro 10, 2006
quinta-feira, dezembro 07, 2006
TARAS E MANIAS
Já me trouxe alguns dissabores mas também permitiu conhecer alguns segredos mais obscuros e deliciosos...
Cabelo Rapado – Mais uma mania que não abdico. Desde os meus 15 anos que o look skin head acompanha a minha pessoa. Quero lá saber de modas, de ser confundido com malta do PNR ou com vítima de ataque de parasitas capilares... Sou assim e acho que serei até que a ordem natural da vida me dispense de utilizar a “máquina zero” quinzenalmente.
Tatuagens – É o meu lado masoquista que se revela nesta tara. Aos dezassete fiz a primeira (já coberta por outra recentemente) e a sensação na altura arrepiou um bocado, mas é como certos sentimentos que se cruzam na nossa vida...por mais que nos façam sofrer, voltamos a repetir. Com ciclos de mais ou menos 5 anos, cá me vou decorando e/ou desfigurando. Não são muitas mas ainda não parei...
Cachimbo – Já falei dela num dos primeiros contributos neste humilde Blog, portanto não vale a pena explorar muito. Os interessados consultem o post n.º 2 de Junho.
Fardas – Tenho de reconhecer, sou um fetichista de fardas!
domingo, novembro 26, 2006
INRI
quinta-feira, novembro 23, 2006
Cavaleiro Monge
domingo, novembro 19, 2006
quarta-feira, novembro 15, 2006
O Palácio do Louco e o Rei Excêntrico
quinta-feira, novembro 09, 2006
A Alma do Império
terça-feira, novembro 07, 2006
Silêncio
Deixaste-me para morrer...
Abandonei o fio que ainda sustentava todo a utopia
Soltei-o e vi-o escorregar entre os dedos
Seguirei o caminho mais difícil e espero ser seguido
Felizes os ignorantes, felizes os pobres de espírito
Abandona tudo o que iludiu e fez renascer
Alimenta a voz que ruge dentro dos seres
Impotente, vejo o mundo fugir,
entre tentativas obsoletas de ressuscitar
o que aparentemente nunca respirou
Sairei, será mais um Eclipse do que a partida definitiva,
pois vai durar exactamente o tempo
que demorar a movimentação que permita brilhar de novo o que já brilhou.
Não desaparecerei, esperarei na sombra, abrigado,
porque o frio em excesso mata.
terça-feira, outubro 31, 2006
domingo, outubro 29, 2006
Dias obscuros
Entrámos definitivamente nos dias da escuridão, do céu cor de chumbo que apavora uns e fascina outros tantos.
Faço parte dos segundos, dos que gostam dos dias obscuros de inverno, da sensação boa de poder vaguear nas falésias junto de casa e admirar os reflexos que o sol espelha nas águas quando consegue rasgar a noite das nuvens. Nestes dias, o tom do mundo fica estranho, parece meio suspenso entre a vida e a morte, entre o sim e o não. É um mundo em negativo.
Hoje é um desses dias, com uma temperatura anormalmente alta para a altura, o mar a querer imitar o rio...a Calma antes da Tempestade, o Silêncio antes da Guerra.
Assim estou eu...
sexta-feira, outubro 27, 2006
Narciso
terça-feira, outubro 24, 2006
Masquerade
segunda-feira, outubro 23, 2006
Regresso ao Passado
"remember to call my name
I adore it
if you call my name
I implore it
if all these things we invoke here
call you out our name
but be forwarned dear
I don't mind the pain
we hear you call our name
we adore it
hear you all these things
that we invoke here
if you call our name
rest assured dear
see you all these things
but be forwarned dear
I don't mind the pain
and I stay so arcane
in the shadowsof your brain
will I come to you again
remember
I don't mind the pain"
Ao vasculhar nas antiguidades musicais que tenho por aqui, encontrei um Album de Danzig. Coisa que já não tocava há anos concerteza. Ouvi-o com atenção e raios...ainda gosto do som e as letras dizem-me algo que não diziam quando os gravei... É bom regressar ao passado de vez em quando e descobrir pormenores que na altura nos passaram ao lado.
domingo, outubro 22, 2006
Pronúncia do Norte
"Diz-me se és o meu reflexo,
Oh fonte vulgar
Diz-me onde esconder a arma que eu soube enferrujar
Castro com castro edificas, eu castro o gesto a que incitas
Estátua de orgulho gelada sobre esta água parada
O vento de amanhã quando soprar desagregará o tempo presente
A memória da batalha clássica foi-se, a bandeira ser-me-à indiferente
Vim para devolver as cidades aos intoxicados da terra
Será nos gabinetes que se ditará a nova guerra
Sempre que fui combater rastejei pelo chão
Onde nem a beladona cresce tocando o musgo com a mão
Descarnado de alma, mas mantendo a calma
Dilacerado esforço em vão
O esforço de amanhã esfuma os viciados do controle
O cheiro a carne assada humana será uma recordação
Nem mais um soldado anónimo dormirá neste caixão
Sonhando arrogante com o nome da sua batalha final"
Em época de vacas gordas, pelo menos para as instituições financeiras, o Montepio ofereceu mais um concerto, desta vez de GNR no CCB, para comemorar a mudança de imagem.
É bom verificar que um grupo com mais de 25 anos de carreira mantém a seriedade e a postura tão singular que os caracteriza, sobretudo um cinquentão de nome Reininho, irreverente e com um travo a arrogância que só lhe fica bem.
O concerto em si, foi uma revisita à carreira dos senhores, com temas antigos e outros nem tanto, com participações especiais de Sónia Tavares (The Gift) em dueto com Reininho na Valsa dos Detectives e com Virgul (DaWeasel) em o Espelho Meu. O profissionalismo de todos quantos fazem os GNR é notória com uma capacidade ao vivo acima da média nacional.
Pena que nunca tenham conseguido uma internacionalização, porque mereceram e merecem!
Mais uma vez OBRIGADO MONTEPIO e para o ano mudem outra vez de imagem...
P.S. - A letra é do tema "Ao Soldado Desconfiado"
quinta-feira, outubro 19, 2006
O sedento pó
O sedento pó que vai cobrindo os poros da existência, mata lentamente, indolor, incolor, dissimulado entre as curvas da pele que descansa incauta, fazendo definhar aos poucos, nem dás por ele, nem ele por ti.
Acabará por fazer desaparecer toda e qualquer forma independente de vida, a nesga de resistência ainda morna que fazia ainda há tempos os corpos vibrar.
Enterra, cada vez mais fundo, até já ninguém dar pela sua presença, ao ponto da indiferença tomar conta do meu mundo, do nosso mundo, de tudo e de nada...
segunda-feira, outubro 16, 2006
Glória ou Morte Honrada
Orgia de silêncio
Conspiração de deuses menores
Somente o som do vento perturba,
O som do vento norte
Estranha é a noite
Quando a estrela negra desperta
Pedimos à lua que nos proteja
E nos deixe brilhar no céu um dia
Da glória ou da morte honrada
Amanhã será um bom dia para morrer...
domingo, outubro 15, 2006
sexta-feira, outubro 13, 2006
Trovadores
segunda-feira, outubro 09, 2006
domingo, outubro 08, 2006
À Sombra do Convento
Escrevo estas linhas para mostrar a quem não conhece as minhas raízes, a terra onde cresci e marcou muito do que sou hoje. Só não nasci lá porque maternidade é coisa que para aqueles lados não existia nem existe.
Mafra, a vila conhecida pelo Palácio e pelos ratos que monopolizam os seus subterrâneos, é uma vila cheia de história e estórias.
Destinada a ser a capital religiosa do V Império, nunca a foi verdadeiramente, pois o tal Império ficou por acontecer, o mesmo que tinha como Centro Político o Terreiro do Paço onde, dizem, o conjunto arquitectónico Mafrense, se passível de levitar e deslocar até Lisboa, encaixaria na perfeição. A numerologia utilizada na sua construção, a estrada em linha recta da entrada do Palácio até ao Atlântico e o Império do Espírito Santo nos Açores, os inúmeros túneis que dão acesso ao seu interior e que percorrem caminhos escondidos. A história do personagem emparedado vivo nos seus claustros, sem que se saiba até hoje a sua identidade, são contos e factos que marcam Mafra e quem dela aprendeu a gostar.
Quem já visitou Mafra, conhece decerto o Palácio Nacional ou, pelo menos a sua fachada, obra imponente sem dúvida, mas que esconde e ofusca muitas das histórias que fazem dessa vila um local tão especial para mim.
Desde muito novo fui dado a curiosidades e os contos e lendas locais sempre me disseram muito. Não descansei enquanto não consegui saber onde encontrar os acessos ao tão falados subterrâneos do "Convento" ou "Calhau" como nós os locais lhe chamamos. Daí a entrar no escuro e labirintico sub-mundo foi um passo e uma coisa posso assegurar-vos : Não existem ratos do tamanho de gatos...apenas existem roedores de tamanho normal e em quantidade idêntica a qualquer esgoto de qualquer vila. Mas os ditos túneis têm magia e são um verdadeiro labirinto, com cruzamentos, acessos emparedados, túneis de quase impossível transposição. Serão sempre um local misterioso, principalmente para quem foi criado a ouvir falar de histórias estranhas e assustadoras de pessoas desaparecidas no seu interior.
A minha infância e adolescência foram assim passadas à sombra do Convento e ao som das narrações que lhe dizem respeito...verdades e mitos, realidades e fantasias. Separá-las não será tarefa fácil, muito menos para mim.
quarta-feira, outubro 04, 2006
Apagão de Memórias
Este fim de semana li uma notícia acerca das intenções da Câmara Municipal de Santa Comba Dão avançar com um projecto de Museu Salazar. O simples facto de escrever este nome, só por si, já é certeza de polémica, agora quererem fazer um Museu ao Professor António...imaginem.
Uma questão é abominarmos o homem e os seus ideais, o que até compreendo, sobretudo nas gerações mais velhas, outro assunto é desejar o apagar de memórias colectivas de um país, por acaso o nosso e de cerca de 40 anos de História deste canto de brandos costumes.
Sou da opinião firme que, independentemente das nossas cores políticas, nunca devemos tentar eliminar a nossa história nem esconder personagens ou locais. O passado é isso mesmo: PASSADO. Devemos tentar aprender com ele, com o bom e o mau, com o certo e o errado, só assim evoluímos. Um País com medo da sua história, com vergonha das pessoas que a fizeram será sempre um País fraco e cobarde.
E por favor não demonizem o Estado Novo, foi um período histórico, cronológicamente datado e ultrapassado, com ideias ajustadas ao seu tempo, tal como aconteceu em tantos outros países da velha Europa. Não fomos nem mais nem menos, nem sequer diferentes...fomos arrastados na corrente nacionalista do século XX.
O Museu Salazar pode e deve ser criado, mais não seja para podermos aprender com os erros cometidos no passado. Posso não ser de esquerda, mas nunca me passaria lutar pelo apagão do Verão quente de 1975 (grande ano por sinal). As liberdades são isto mesmo, poder haver espaço para todas as opiniões sem atropelos. Bem Haja!
sexta-feira, setembro 29, 2006
quinta-feira, setembro 28, 2006
brotherhood of the skulls
segunda-feira, setembro 25, 2006
Mais Irlanda
Aproveita, diverte-te, embebeda-te com Guinness ou Caffrey's, ouve e vê Dropkick Murphys e depois conta-me tudo!
Eu cá espero...os compromissos familiares não me permitem acompanhar-te.
Devia ser bonito, devia...
On The Rocky Road to Dublin!
domingo, setembro 24, 2006
Are you the one that I've been waiting for?
"I've felt you coming girl, as you drew near
I knew you'd find me, cause I longed you here
Are you my desitiny? Is this how you'll appear?
Wrapped in a coat with tears in your eyes?
Well take that coat babe, and throw it on the floor
Are you the one that I've been waiting for?
As you've been moving surely toward me
My soul has comforted and assured me
That in time my heart it will reward me
And that all will be revealed
So I've sat and I've watched an ice-age thaw
Are you the one that I've been waiting for?
Out of sorrow entire worlds have been built
Out of longing great wonders have been willed
They're only little tears, darling, let them spill
And lay your head upon my shoulder
Outside my window the world has gone to war
Are you the one that I've been waiting for?
O we will know, won't we?
The stars will explode in the sky
O but they don't, do they?
Stars have their moment and then they die
There's a man who spoke wonders though I've never met him
He said, "He who seeks finds and who knocks will be letin"
I think of you in motion and just how close you are getting
And how every little thing anticipates you
All down my veins my heart-strings call
Are you the one that I've been waiting for?"
Nick Cave
sábado, setembro 23, 2006
A Fonte
Mark Ryden é uma mente distorcida mas não é disso que nós gostamos?
quinta-feira, setembro 21, 2006
quarta-feira, setembro 20, 2006
Possessão
sentes o frio que te arrepia a espinha e faz tremer?
É o mesmo que sinto quando estamos e somos.
Sopra forte o desespero em possuir-te
Grita alto o desrespeito por mim em conter-me
Serei capaz de resistir?
Serás capaz de me matar?
Altas as ondas da loucura
Em que naufrago sempre que nos sinto
Serão as mesmas em que tu navegas?
Partilharemos nós as mesmas correntes marítimas?
Fluiremos para a mesma costa?
Afinal somos os dois tão semelhantes.
terça-feira, setembro 19, 2006
Danças Ocultas
De vez em quando percorro o teu corpo. Na mente, os meus dedos movem-se na tela do teu corpo sem receio de inventar.
Lembro-me de cada recanto, imagino outro tanto e deixo-me levar e levar-te para onde...não sei.
Guardo esses momentos que fazem cada segundo valer a pena e penso no Outono que se aproxima, no frio que bate na janela e invade o nosso recanto e então perco-me para sempre em danças ocultas contigo, comigo...
domingo, setembro 17, 2006
Ser
Em ti não sei quem sou.
Sou às vezes tudo e outras vezes nada,
Não te peço nem muito, nem pouco,
Quero somente ser alguma coisa.
Mas sê-lo verdadeiramente!
sábado, setembro 16, 2006
Ser Feliz
" Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo... "
quinta-feira, setembro 14, 2006
sábado, setembro 09, 2006
Ecce Homo
quinta-feira, setembro 07, 2006
Aventura Asturiana
Estes dias de campismo e de contacto com as raízes (sim, sou muito ligado à terra) foram um banho calmante e terapeutico que já me fazia falta há tempo.
Falando da viagem em si, as Astúrias conseguiram conquistar-me. É realmente um Principado com uma personalidade forte e vincada, pessoas simpáticas e orgulhosas e um património natural e histórico dos mais belos e bem conservados que já vi na Peninsula Ibérica.
Uma das maluquices que decidimos fazer (a foto faz parte da loucura, se prestarem atenção vê-se o trilho ao fundo rasgado nas montanhas) foi um percurso pelo desfiladeiro do Rio Cares, montanha pura e muito dura, com 30 graus de temperatura, que me fez desesperar na subida inicial de uns meros 1,5 Km...Doeu, acreditem!
Foram no total 24 Km e 6 horas de paisagens deslumbrantes e que nos fazem assumir a nossa pequenez quando confrontados com a dimensão real do que nos rodeia.
Quanto ao resto, praias maravilhosas de águas azul turqueza, com temperatura a fazer inveja às praias algarvias e enseadas compostas por rochedos cobertos de mato até ao Cantábrico.
Junto à costa ou em prados de castanheiros e carvalhos surgem pedras aparentemente ao acaso colocadas ao alto, isoladas e em círculo à espera que alguém repare nelas...
São sinais de outros tempos onde a natureza e o homem complementavam-se e respeitavam-se. Por aqui ainda existe esse respeito, pelo menos assim parece. Até breve, prometo!
quarta-feira, agosto 30, 2006
segunda-feira, agosto 28, 2006
Haunted
Between the sheets I wait for her to come
A living flame, impossible to resist
Burning me deep with every bite, kiss and lick
Invades my sleep with tumescent intentions
Hades I'm sure must be missing a demon
From the panes a green mist swirls
Is it a shadow of reflection?
This apparition in moon beams bathed
A voice like wind through trees beckons
Cool rain on hot summer stone
The odor fills my presence
Of freshly dug grave and death and night
These things are her essence
Nocturnal mistress, spirit lover
Your mouth of wine and woodsmoke taste
My goddess of the violet twilight
You are lust incarnate
In the sweat of my bed
The eastern sky hints of dawning
Alone and awake but exhausted I lie
Oh how I hate the morning"
Type O Negative
domingo, agosto 27, 2006
Sexo e a Cidália
Depois do desaparecimento da Grande Reportagem - um caso de amor - no seu formato mensal e posteriormente em formato semanal como suplemento do DN também, adoptei a NS como leitura obrigatória.
Não tendo pretensões de fazer jornalismo de investigação, tem ao seu serviço autores bastante agradáveis.
Tenho aqui de destacar uma Senhora: Cidália de seu nome, tem a última página da NS como morada e assina das melhores e mais despudoradas crónicas sobre homens, mulheres e afins.
Coragem e frontalidade não lhe falta, bem como um há vontade que não se vê muitas vezes...
Todas as semanas não consigo resistir a um sorriso malicioso ao ler as linhas desta Senhora (escrevo com S maisculo porque merece).
Leiam, acho que vale a pena.
sexta-feira, agosto 25, 2006
Os rebeldes do costume
O bairro em causa, no munícipio da Amadora, é uma das nódoas que ainda resistem na zona de Lisboa.
A dita "população" acampa, em solidariedade com os desalojados, às portas da Câmara Municipal da Amadora. Nas imagens das televisões o que vemos? Para além dos verdadeiros desalojados, os freaks do costume, com os seus cães, a tocar viola para animar a malta, a fumar umas coisas estranhas e a fazer cara de mau para as objectivas.
Os residentes protestam, com ou sem razão, não é o que está em causa, de forma mais ou menos cívica. Os supostos defensores dos coitadinhos, esses provocam a polícia, ofendem os funcionários municipais ao ponto de serem forçados a sair do local...para depois poderem queixar-se da brutalidade policial como fica sempre bem.
Já não há paciência!
segunda-feira, agosto 21, 2006
ESTRANHO PINTOR
sábado, agosto 19, 2006
Tarde de mais
Tarde de mais... Quando chegaste enfim, para te ver Abriu-se a noite em mágico luar; E para o som de teus passos conhecer Pôs-se o silêncio, em volta, a escutar... Chegaste, enfim! Milagre de endoidar! Viu-se nessa hora o que não pode ser: Em plena noite, a noite iluminar E as pedras do caminho florescer! Beijando a areia de oiro dos desertos Procurara-te em vão! Braços abertos, Pés nus, olhos a rir, a boca em flor! E há cem anos que eu era nova e linda!... E a minha boca morta grita ainda: Porque chegaste tarde, ó meu Amor?!... Florbela Espanca |
sexta-feira, agosto 18, 2006
Jogo
Sente-se já o arrepio profundo da antecipação
Segue-se o jogo, Que Comece!
Prestemos-lhe as honras devidas,
As mesmas que se prestam ao ritual macabro
Começas tu...não começa tu...
Seja!
A tentativa de equilíbrio entre o platónico,
A insanidade mais carnal e profana.
Ora doce e suave,
Ora amargo e brutal
De que gostas mais, quais são os teus prazeres?
Estranhos decerto...
Mostra-me a carta que me guia até ao abrigo,
Deixa-me forçar a entrada e rende-te de seguida,
Pois só tu sabes o gozo que tal labirinto poderá dar
Sabe-lo bem, muito bem, demais até,
Serei eu e serás tu, só nós dois no nosso jogo a três!
quinta-feira, agosto 17, 2006
Mors Liberatrix
"Na tua mão, sombrio cavaleiro,
Cavaleiro vestido de armas pretas,
Brilha uma espada feita de cometas,
Que rasga a escuridão, como um luzeiro.
Caminhas no teu curso aventureiro,
Todo envolto na noite que projectas...
Só o gládio de luz com fulvas betas
Emerge do sinistro nevoeiro.
-Se esta espada que empunho é coruscante
(Responde o negro cavaleiro andante),
É porque esta é a espada da Verdade:
Firo mas salvo...
Prostro e desbarato,
Mas consolo...
Subverto, mas resgato...
E, sendo a Morte, sou a liberdade.»"
Antero de Quental
domingo, agosto 13, 2006
Guerra de mim
Procuro nas pedras, nos edifícios gastos e decrépitos da cidade grande, visto-me de lembranças e de medos cheios de mim, sujos de mim, fartos de mim.
Leio e releio em busca de razões plausíveis para esta insanidade frenética que se apodera da minha carne, da massa cinzenta que enche a caixa de pandora que carrego no alto do corpo. Nada é razoável, nada satisfaz, nada sacia, nada...
Tudo é pouco e mesquinho, vivo paralelamente à existência ordinária, tento saquear todos os pedaços de oculto que caem à frente da vida (in)sana que tento levar.
Respiro só porque sim? Só porque fica bem respirar?
Vale mais cortar o vaso que alimenta esta podridão tão adorada pelos que rodeiam o invólucro que me serve de casulo...à espera da coragem para rasgar a camisa-de-forças civilizada e turva...
Alhear-me de tudo não é solução, apenas um até breve a mim mesmo. Farto de forçar, esgotado de fingir, um dia ou nunca. Será nunca?
Foggy Dew
To a city fair rode I
There armed lines of marching men
In squadrons passed me by
No pipe did hum, nor battle drum
Did sound its loud tatoo
But the angelus bells o'er the liffey swells
Rang out in the foggy dew
Right proudly high in Dublin town
Hung they out the flag of war
It was better to die beneath an Irish sky
Than at Suvla or Sud-El-Bar
And from the plains of Royal Meath
Strong men came hurrying through
While Britannia's Huns with their long range guns
Sailed in through the foggy dew.
Their bravest fell and the requiem bell
Rang mournfully and clear
For those who died that Eastertide
In the springing of the year
While the world did gaze with deep amaze
At those fearless men but few
Who bore the fight that freedom's light
Might shine through the foggy dew
As back through the glen I rode again
And my heart with me fell sore
For I parted then with valiant men
Whom I never shall see 'more
But to and fro in my dreams
I goAnd I kneel and pray for you
For slavery fled a glorious dead
When you fell in the foggy dew"
sábado, agosto 12, 2006
Quero
O que não podes dar
O que não permitem ter
Quero
O que escondes
O que finges não ser
O que não podes dizer
Quero
Ouvir, sentir, dar, receber
Fazer rir, fazer sofrer
Pertencer e nunca ceder
Agarrar e não deixar
Quero
Vencer e nunca perder
Torturar, depositar
a raiva contida
no interior do teu altar
Queres?
quinta-feira, agosto 10, 2006
Estranho Escritor
Há alguns escritores estranhos, pelo menos há luz do considerado normal no mundo literário que nos habituámos. Chuck Palahniuk é um deles de certeza...
Norte-Americano, já viu uma das suas obras ser adaptada pela sétima arte : Fight Club (o único que não li). Texto crú e duro, directo e psicótico ao mesmo tempo, aborda fobias e figuras alucinadas, resultado do mundo delirante em que vivemos, com recurso ao humor negro e escrita cruel. Conheço-lhe apenas 4 títulos editados em Portugal - o já falado Fight Club, Asfixia, Sobrevivente e Lullaby. Se alguém conhecer mais algum, que me elucide, porque gostava de ler mais uma história deste ser tão obscuro que, por vezes consegue revolver as nossas entranhas com pormenores descritos. Outras faz-nos identificar com situações, por mais aberrantes que sejam. Leiam e depois digam-me. Isto se tiverem estomâgo para tal, claro...descarto toda e qualquer responsablidade!
terça-feira, agosto 08, 2006
sexta-feira, agosto 04, 2006
Na noite mais longa
Depois, untaram-se com aquela pasta, primeiro nas faces, nos ombros, nos braços e por fim no peito, especialmente em cima do coração. Estavam preparados para o ritual de prazer e submissão que se seguiu. Prazer carnal e espiritual, submissão um ao outro e à Senhora da Noite. Tudo por Ela, tudo por eles.
E amaram-se demoradamente, debaixo de uma lua pálida e fria. Sentindo o cheiro forte da terra molhada e o abraço da noite mais longa.
...Quando terminaram a união dos corpos, caíram, cada um para seu lado e escutaram pacientemente o canto das ave noctívagas, entre o temor e a atracão obscura.
Podiam finalmente descansar em paz, abraçados de novo, resguardando-se mutuamente. Repousando para sempre, se necessário fosse...tinham sentido o que há muito se negavam...Pertenciam-se daqui para a frente!
quinta-feira, agosto 03, 2006
Ataegina
Na Ara da Vida jaz uma morte
A ti te lanço a minha sorte
Ataegina tríade fatal
Pálida Deusa, doce é teu mal
Centenas de corvos sobre o rochedo
Cantam em coro histórias de Medo
De Primaveras que a morte abraça
Em ti encontram a sua desgraça
Devotio Ver Sacrum,
Devotio Consecratio,
Capittis Amore Dirae
Rainha da Noite, Rainha Natura
Saudoso berço primaveril
Já se choram filhos perdidos
Para terras amargas sem retorno
Onde à voz dos Deuses Perdidos
Bebe o povo o sangue do corno
Corças alvas trazem esperança
Lembram destinos, a vitória
Nobre Guerra, furiosa dança
Do pó sai um rumor de glória
Devotio Ver Sacrum,
Devotio Consecratio,
Capittis Amore Dirae
Rainha da Noite,
Rainha Natura
Saudoso berço primaveril
quarta-feira, agosto 02, 2006
Gumes
Este belo acordo que nos vai ligar
Juro pela vida nunca me trair
Juro pela vida sempre resistir
Juro pela vida nunca obedecer
A qualquer vontade fora do meu ser
Juro pela vida sempre acreditar
No poder sagrado que nos faz amar
Juro pela vida sempre contrapor
O valor da festa contra o tédio em vigor
Juro pela vida todo me entregar
À paixão do jogo do corpo e do criar
Radical radical radical
Hei-de ser no agir no pensar
Só na luta há festa só na luta há gozo
Para ter um destino aventuroso
Eis o Graal nosso Graal"
Mão Morta - "Gumes"
terça-feira, agosto 01, 2006
Publicidade institucional
O primeiro é da responsabilidade do Ministério da Administração Interna e faz parte de uma campanha de sensibilização devido ao elevado número de crianças mortas nas estradas portuguesas todos os anos. Resumindo: centenas de crianças a embarcar num avião, sentam-se, apertam os cintos ao mesmo tempo que uma voz informa: "todos os anos cai um avião cheio de crianças em Portugal"...A simplicidade e a força da mensagem atingem-nos no ponto certo.
O segundo trata de um problema de todos os verões: o abandono de animais. Este da responsabilidade da União Zoófila. A cena é um funeral (a preto e branco) a família, os amigos, todos prestam homenagem ao desaparecido, mas depois de tapado o caixão, abandonam o local...todos nao, um cão deita-se em cima da campa e fica. De seguida um texto óbvio..."ele não nos abandona, nós somos capazes?" - (algo com este conteúdo)
Forte e simples como mandam as regras. Parabéns às entidades responsáveis e mais ainda às empresas que criaram estas duas maravilhas da "arte" da publicidade.
Vêem como ainda há boas ideias em Portugal?
sábado, julho 29, 2006
Para ti
"Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.
É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor
Das caras e dos dias.
Tu és melhor – muito melhor!
Do que tu. Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê."
Mário Cesariny
quarta-feira, julho 26, 2006
Autumnal Poem
Clonmacnoise - Baile Átha Cliath - Gaillimh
terça-feira, julho 25, 2006
Trust
segunda-feira, julho 24, 2006
sábado, julho 22, 2006
Nada...
quinta-feira, julho 20, 2006
Waiting...
quarta-feira, julho 19, 2006
Vidas
"Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada"
Fernando Pessoa
Iniciação
Inicia a descida ao ventre materno
Certa a presença do velho carvalho ritual
Que observa no alto da torre invertida
Saboreia cada passo dos 15 entre cada inferno ou paraíso
Pensa em cada um deles como o ultimo acto
Sente o medo, mas não o temas
Pois só assim fortaleces o interior
Deixa que a alma decida o caminho
Em substituição da mente já poluída
Com tanta verdade fabricada
A primeira saída pode não ser a correcta
Será, sem dúvida, a mais fácil
Desce mais até ao fundo do ser
Absorve cada sentimento que te invade e aproveita-o
Ao chegares ao nono patamar encontras a cruz e a estrela
É tempo de decidir o caminho
Várias são as encruzilhadas, só uma a correcta
Segue o teu sentir e saberás qual
No fim do caminho ergue-se nova fronteira
Atravessar as águas é o desafio...entra a direito
Purifica o corpo e liberta os últimos fantasmas
Podes finalmente subir aos céus e contemplar
terça-feira, julho 18, 2006
domingo, julho 16, 2006
Voa...
Moonspell |
sábado, julho 15, 2006
sexta-feira, julho 14, 2006
quinta-feira, julho 13, 2006
Democracia Relativa
Sempre me fez muita confusão essa história de poderem existir partidos políticos de extrema esquerda, mas de extrema direita nem pensar.Não é suposto qualquer um deles ser radical? Se uns são permitidos porque não os outros?É melhor existirem camuflados com outras etiquetas do que assumirem o que realmente defendem? Eu sei que a minha opinião é bastante controversa, mas acho que a democracia é isso mesmo, cada um poder assumir publicamente o que pensa sem ser marginalizado pela sociedade.Porque é que em Portugal um cidadão que se diz nacionalista é rotulado de nazi, fascista e outros epítetos que tal?Sou nacionalista porque tenho orgulho no país onde nasci, apesar de todos os defeitos é o meu país e doi-me ver como anda a ser tratado. Nada tenho contra os emigrantes trabalhadores e civilizados que integram a nossa sociedade, são bem vindos e regra geral, bem aceites pelos Portugueses. O que me magoa é abrir as portas a tudo quanto é emigrante que vem para cá à espera de "mama", encostar-se à sombra da já sensível segurança social Portuguesa...acreditem que existem. Para isso já chegam os que cá estão e nasceram neste canto da Europa.Compreendo que Portugal ainda tem uma democracia jovem, 32 anos, não é muito tempo para um país de 800 e tal anos e as feridas do tempo da outra senhora ainda estão frescas, mas temos de amadurecer e deixar de pensar que quem é patrótico e nacionalista é simpatizante do Tio Adolfo...eu não sou! Já editado anteriormente por mim em ratoscinzentos.blogspot.com |
You gonna have to serve somebody
"Might like to wear cotton, might like to wear silk, Might like to drink whiskey, might like to drink milk, You might like to eat caviar, you might like to eat bread, You may be sleeping on the floor, sleeping in a king-sized bed But you're gonna have to serve somebody, yes indeedYou're gonna have to serve somebody, Well, it may be the devil or it may be the Lord But you're gonna have to serve somebody" Bob Dylan |
quarta-feira, julho 12, 2006
MATER
Sou leão, fogo ardente persistente
Sou alquimia, sou morte, sou vida
Sou cavaleiro, amado guerreiro...em ti"
terça-feira, julho 11, 2006
sábado, julho 01, 2006
sexta-feira, junho 30, 2006
My Druidess
The wonderful smile...
The white body...
The silent kiss...
Take me...
Cold as death.
Sabes o que é querer a lua?
Bastava-me olha-la.
Depois quis tocá-la e ergui-me para ela.
Estiquei o braço,
as mãos os dedos......
Até doer.
E quando a senti,
nada restou de mim
senão a dor."
quinta-feira, junho 29, 2006
Apenas porquê
Lágrimas quentes de solidão
Dentro ainda vives
Por mais que queira matar
Resistes no esplendor do sentir
Atordoas na lembrança das palavras
Torturas no odor que teima em não desaparecer
Apenas porquê?
Eternity
"As I turn away from a life so grey,
Where have all the flowers gone?
Just what went wrong?
Innocence, insanity, irony
Stone cold reality
Oh lord come and save me
Do you think we're forever?
I've been in tears
Hope has died in me
But now I'm here, I don't wish to leave
Trapped in time
A miracle of hope and change
A swirling mass, no mercy now
If the truth hurts prepare for pain
Do you think we're forever?
The unseen, the eternal river of understanding
Persevering, dying escape
Forever tempting fateTake me back
A flood of tears bonding my soul with my mind
A dream of love, reality closing in behind
As I close my eyes, the vision dies
As I bid my last farewell to mankind
The unseen, the eternal..."
Anathema
Palavras nascidas de uma ilusão...
rasgas as entranhas
como o corvo no campo de batalha
banqueteando-se
com o corpo do Templário
Dilaceras a pele
ao colocar dúvidas
desnudas todo o sepulcro
há anos dentro de mim
Frustração da tua ausência
Loucura na tua presenca etérea
Gravas o teu nome em mim
Como se gravam as letras
nas lápides funerárias...
PARA SEMPRE!
quarta-feira, junho 28, 2006
segunda-feira, junho 26, 2006
Estranho...ou talvez não
extreme in everything,
with a dissolute imagination of the likewhich has never been seen,
atheistic to the point of fanaticism,
there you have me in a nutshelland kill me again or take me as I am,
for I shall not change."
(De Sade)
sexta-feira, junho 23, 2006
Prazer da Fotografia
A fotografia como um sentimento...é como a vejo, como uma forma de perpetuar certos momentos e locais onde passei, muitos deles irrepetíveis, para muita pena minha. Há anos que é outro dos meus vícios, este até bem saudável, tirar retratos tornou-se cada vez mais obrigatório. Vejo e revejo certas fotos com a nostalgia de quem recorda cada sabor, cada cheiro, cada som. As viagens são sempre excelentes desculpas para fotografar centenas de pormenores (ou não) que nos rodeiam, entre elas as viagens à Irlanda e à Escócia foram das mais produtivas e inspiradoras, com verdes a perder de vista, castelos milenares, o Loch Ness, as Highlands e a paisagem nos arredores de Gallway (Irlanda) com toda a sua beleza rude. Mas não é preciso sair deste nosso cantinho para encontrar momentos deliciosos. Aconselho quem ainda não o fez, a passear a pé por Lisboa, de preferência ao fim de semana, por ser mais calmo e ler o que a cidade nos revela...olhem que não é pouco. Temos de olhar com olhos diferentes dos que normalmente utilizamos no dia a dia, porque esses já não registam quase nada...é tudo automático. Já prometi dar mais uma volta pela capital, desta vez exclusivamente pela baixa pombalina e ver o que consigo descobrir...Espero ter sorte! |
quarta-feira, junho 21, 2006
O Nome da Coisa
Há uns tempos em conversa com uma grande amiga lembrei-me de uma altura da vida que já estava meio perdida numa gaveta do meu cérebro, onde contribui humildemente para uma rádio local. Eram dois programas de 1 hora semanal cada. Um chamava-se "Pecado Original" e era dedicado a sonoridades mais pesadas, o outro foi baptizado de "Estranhos Prazeres" e era bastante mais abrangente no leque musical, mas não deixavam de passar acordes estranhos (para quem não me conhece) de artistas como Rammstein, This Mortal Coil, Morphine, Nick Cave, Type O Negative, Costeau... Esse programa marcou-me, primeiro pelo nome, que aceitei de imediato, como pela oportunidade que me proporcionou de dar a conhecer sons que não eram muito usuais vaguearem no éter das noites Mafrenses. Quando comecei a pensar num blog pessoal, acossado pelo "irmão" Hugo, lembrei-me novamente deste nome que há muito dormia no andar de cima. Daí vem o nome da coisa, para além dos restantes significados que lhe queiram atribuir...estão à vontade, até porque tenho a convicção que nada tem apenas um significado, muito menos apenas o significado mais vísivel. Mas isto são outras histórias... |
terça-feira, junho 20, 2006
Planeta Futebol
Não há quem aguente! O Mundo deixou de existir, Portugal evaporou-se e os sobreviventes fugiram para os estádios alemães ou para as fan-zones. De repente uma vilória germânica devora 85% dos noticiários nacionais: Marienfeld - onde raio fica na Alemanha??? O Futebol tem destas coisas, apaga por completo todas as preocupações pessoais, todos os defeitos governativos, todas as crises económicas. Portugal deixou de ter um défice alarmante, deixou de se preocupar com os fogos florestais e até a condenação recente de familiares de uma criança barbaramente assassinada passou praticamente em branco...VIVÁBOLA!!! O que me faz perder a esperança na razoabilidade destas coisas é a (recente) loucura feminina pela bola. Não o digo com alguma ponta de machismo, pelo contrário, mas as mulheres eram nestes tempos, o lado racional da Nação, eram quem garantia que o País não paralisava por completo por causa da febre do vírus futebol...Mas nem elas se safam agora. É vê-las praticamente ao estalo por causa de um saco de plástico verde, vermelho ou amarelo no Estádio Nacional, completamente perdidas por um autógrafo do Figue ou do Manique, quase a arrancar cabelos umas às outras...Porra, voltem a ser racionais, senão o Portugal real afunda-se mais ainda (se for possível) e quando acordarmos todos desta histeria colectiva já é tarde. Por favor Gajas, vocês são a salvação da Pátria neste mês de parvoeira em que nos encontramos. AJUDEM PORTUGAL! |
segunda-feira, junho 19, 2006
O prazer do cachimbo
É verdade, sou um viciado! O que há uns anos começou por uma brincadeira tornou-se um pequeno vício. Aprendi a saborear o tabaco de cachimbo com todas as suas variantes.
Pode ser uma declaração elitista, mas o cachimbo não se compara ao cigarro. O cachimbo é para ser desfrutado lentamente, com todo o ritual da preparação pré-fumo, sem pressas, de preferência acompanhado por um cognac ou um rum velho a fazer companhia a um bom livro. Não dá simplesmente para ir dar umas "passas" rápidas no intervalo do trabalho...não dá mesmo!
Por isso, apesar de compreender e apoiar as restrições anti-tabágicas que surgem em Portugal, os fumadores de cachimbo estão em desvantagem em relação aos restantes fumadores...é a vida.