terça-feira, abril 27, 2010

Mors osculi



"E silente, à nossa frente, estava velado o negro portal, que todos os mortais atravessam: estrelas silenciosas pairavam sobre nós e mudos eram os túmulos enterrados no solo." In O Evangelho do Enforcado de David Soares

domingo, abril 18, 2010

Livro de Cabeceira XI


Mais um livro que versa temas que me são queridos - Sintra, Fernando Pessoa e Mística. Desta vez escrito por uma Catalã - Passageiros da Neblina - interpreta a misteriosa visita de Crowley a Pessoa, dando-lhe formato de policial com laivos de fantástico.
Com saltos temporais, a maioria da história desenvolve-se em volta da investigação criminal de homicidios acontecidos na pacata Vila de Sintra, em meados do séc. XIX, com muito que rodeia estes crimes a não poder ser explicado senão à luz do esoterismo e da magia.
Um livro com grande potencial, tanto pelos personagens como pelo palco onde se desenrola, mas que acaba por desiludir pela simplicidade e banalidade com que se desenvolve. Fica uma tentativa, para mim falhada, de abordar temas tão misteriosos e interessantes quanto estes.

quinta-feira, abril 15, 2010

Mors omnia solvit


Bebe da morte e tenta sobreviver
Alimenta-te da dor e torna-te insensível
Segura os grãos de esperança vã que
Escorrem entre os dedos cansados
Sorve as résteas de sonhos
Que ainda te fazem seguir o caminho

Até quando..? Até onde..?

quarta-feira, abril 07, 2010

Pormenores de Praga

Dois Sóis

Leão Vermelho


Serpente de Ouro

A Chave Dourada


Cordeiro Vermelho

Medusa

Três Violinos

Em Praga gostei sobretudo de certos pormenores...
É uma Cidade de uma beleza arquitectónica unânime, um centro histórico bem tratado mas que me desiludiu pelo excesso de turismo de massas, o turismo dos putos, do alcool e da loucura. As lojas pecam por aí, por venderem bugigangas iguais a tanto outro ponto do planeta e com o intuíto do dinheiro fácil. Comparativamente, achei Budapeste muito mais genuína, mais o Leste que eu estava à espera. Enfim...prefiro deixar o que de bom vi, o que pude apreciar. Este é um dos posts que pretendo fazer sobre essa viagem recente.
Havia em Praga, uma tradição trazida pela Imperatriz Maria Teresa de Austria, de substituir os banais números das portas das casas por símbolos alegóricos, organização tradicional dos Habsburg. Na maioria da Cidade já desapareceram quase por completo, mas na Rua Nerudova ainda se podem apreciar muitas destas peças de arte. Muitos deles de simbologia alquímica, o seu significado perdeu-se entretanto na noite dos tempos. Fica o registo fotográfico desta pequena preciosidade...