quinta-feira, maio 31, 2007

Origens

Alcântara
Valente

Desde muito novo que me interesso pela herádica, pelas origens dos nomes e pela simbologia. Como tal, sendo uma paixão que partilho com o meu pai, conseguimos fazer um flash back na nossa árvore genealógica até meados do séc. XVIII, onde nos perdemos completamente. A família Alcântara desapareceu assim algures a meio de 1700.

O nome provém do árabe e traduz-se literalmente como "A Ponte" e poderá derivar quer da zona onde desagua a ribeira com o mesmo nome, perto de Lisboa ou do ramo Castelhano do nome da região fronteiriça Espanhola de Alcântara.O outro lado da minha genética nunca o procurei tão afincadamente, mas os primeiros registos deste nome dizem respeito a um Cavaleiro que acompanhou D. Henrique de Borgonha, morto na batalha de Ourique, nos primórdios da Nacionalidade.

Qualquer das formas, fica aqui prestada a devida homenagem aos meus antepassados e respectiva heráldica, sem qualquer forma de "mania" das grandezas ou de atestar alguma ponta de nobreza existente, que a existir, desconheço por completo.

Apenas existe e existirá, isso sim, uma busca incompleta de informação e orgulho nas origens, por mais simples que elas sejam.

sexta-feira, maio 25, 2007

Asas de dor


A solidão deu-te asas para mergulhar no vortex da casa proibida
Que raramente te permites visitar.
Recorda, revive a dor que é gozo em ti,
Absorve cada momento raro que transmuta o festim visceral
Em ocasião suprema de celebração arrogante, febril,
Regresso à morte que criou, ao ano zero dos mundos opostos em que vives
Ao ocaso dos teus seres.

segunda-feira, maio 21, 2007

Brumas de Sintra

Há uns tempos, enquanto estava de serviço, captei esta imagem.
A qualidade da foto não é nada de especial (telemóvel), mas o essencial está lá.
Sintra sem brumas não é Sintra...eu gosto de ambas.
Que me perdoem os amantes de sol, mas a magia de uma bruma não se compara ao melhor dos sois.
Tenho de concordar quando dizem que sou sortudo no local de trabalho...

domingo, maio 20, 2007

Um Dia...


Abandonaste-nos à sorte no canto soturno,
Agora apenas nos resta iluminar-te o caminho
Para o Jardim das Delícias, de onde um dia
Iluminarás o nosso…
(foto do Cemitério de Agramonte - Porto)

quinta-feira, maio 17, 2007

Quinta Feira de Espiga

Hoje comemora-se mais um feriado Municipal em Mafra, a Quinta Feira de Ascenção segundo a doutrina católica, Dia da Espiga segundo a linguagem do povo.
Desde pequeno que me habituei a este dia tão especial para as gentes desta zona, especialmente porque os meus avós e agora os meus pais têm uma casa na Foz do Lizandro, praia que é um dos centros das comemorações expontâneas, onde famílias se juntam em tendas, barracas, verdadeiros piqueniques gigantes, desde a noite da véspera até ao fim deste feriado para "apanhar a espiga", passar a noite e o dia, comer e beber.

Do ramo que se apanha faz parte a Espiga de trigo (alimento), a papoila (vida e morte), o malmequer amarelo (ouro;riqueza), um ramo de oliveira (azeite, Luz).

Esta tradição assimilada pelo Catolicismo, existia anteriormente como uma festa e tributo às colheitas e à natureza, sendo aproveitada então para não ferir as tradições já existentes.

Hoje, encontro-me arredado destas festas, em parte porque algumas delas descambaram em arraiais de consumo de alcool e mais qualquer coisa para o pessoal mais novo, mas ainda gosto de passear pela dita praia ou por qualquer pinhal e ver famílias inteiras a conviver como já é raro nestes tempos.

domingo, maio 06, 2007

Quadrados Mágicos


B(a)Z(ileu)S EST X(ristu)M ?
(o Rei é Cristo) ?
Sabia da sua existência, faltava apenas fotografá-los.
Tratam-se de Quadrados Mágicos, uma espécie de labirinto de letras ou números que esconde um verdadeiro significado. Estes exemplos estão a cerca de 500 metros de minha casa, num cemitério junto à Capela da Senhora do Ó (orago que carrega com ele o nascimento, a gravidez), Carvoeira.
Segundo os estudos de um Professor que muito admiro e a quem devo muita desta curiosidade, estes quadrados estão ligados a uma Pedra de Mistério existente sob a galilé da Capela de S. Julião e Santa Bazilissa, junto à praia de S. Julião. Esta permanece ainda um verdadeiro mistério, como o nome que lhe deram indica. De aspecto octogonal, encontra-se dividida em zonas através de linhas, centrado num Delta com um sol radiante no centro, com vários labirintos de números em volta. Infelizmente (ou felizmente) esta Pedra de Mistério não está acessível ao comum dos mortais, não sendo possível fotografá-la pessoalmente, apenas a vi em fotos de estudos do Professor Gandra (esse o nome do senhor).
Segudo ele, grande defensor das teorias do Quinto Império e do Sebastianismo, a existência destes locais, juntamente com mais 4 cruzeiros carregados de simbologia dispersos numa rota, faz crer numa via sacra entre a Capela de S. Julião (Mar=Início) e o Cemitério da Senhora do Ó (Morte/Renascimento), uma espécie de cerimonial de iniciação, de introspecção...
Por vezes bem perto de nós, existem assuntos adormecidos à espera que alguém os desperte. É o que vou tentando...


terça-feira, maio 01, 2007

Demência consentida

Amaldiçoo-o a patologia que obriga a querer mais que o óbvio,
Nunca satisfaz, é sempre escasso e fútil
Essa demência consentida de querer chegar onde não se pode…
…nem sabe se deve.
O pulsar mental impede o sono dos (in)justos,
A revolução interna apodrece a banalidade, a salvação fácil.
Bom era se o analgésico material e social calasse as vozes de raiva
Que rasgam o silêncio sofrido e tumultuoso que aguenta as vagas de
Sobressalto e inquietude…