Entre fronteiras, tento descobrir o meu mal.
Procuro nas pedras, nos edifícios gastos e decrépitos da cidade grande, visto-me de lembranças e de medos cheios de mim, sujos de mim, fartos de mim.
Leio e releio em busca de razões plausíveis para esta insanidade frenética que se apodera da minha carne, da massa cinzenta que enche a caixa de pandora que carrego no alto do corpo. Nada é razoável, nada satisfaz, nada sacia, nada...
Tudo é pouco e mesquinho, vivo paralelamente à existência ordinária, tento saquear todos os pedaços de oculto que caem à frente da vida (in)sana que tento levar.
Respiro só porque sim? Só porque fica bem respirar?
Vale mais cortar o vaso que alimenta esta podridão tão adorada pelos que rodeiam o invólucro que me serve de casulo...à espera da coragem para rasgar a camisa-de-forças civilizada e turva...
Alhear-me de tudo não é solução, apenas um até breve a mim mesmo. Farto de forçar, esgotado de fingir, um dia ou nunca. Será nunca?
domingo, agosto 13, 2006
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