sábado, abril 05, 2008

Encanto Magiar

Budapeste, a cidade de tantos impérios, a terra de eterno sofrimento e ocupação.
Estes rasgos na pele de um povo notam-se, quer na atitude, quer no orgulho de levantar do chão uma e outra vez uma cidade mártir.
Respira-se imponência e decadência, tudo num mesmo local. As fachadas magnânimas onde ainda se vêem os buracos das munições, as placas memoriais de vidas perdidas a cada esquina, tudo isso se respira em Budapeste.
Os cafés ainda têm o encanto de outros tempos, há o culto do estar, do ir ao café como parte de um estatuto social.
Foi sem duvida uma viagem de descoberta, de contacto com outra realidade. Apesar de europeia, Budapeste não nega as suas outras vidas, a otomana, patente no gosto pelos banhos públicos e na gastronomia, a faceta mais imperial herdada do tempo Austro-húngaro, a austeridade de certos quarteirões fortemente soviéticos.
O maior obstáculo foi sem duvida a língua, apesar da boa vontade e da simpatia das pessoas, quase ninguém fala inglês nas ruas de Budapeste, mas o calor e a vontade de ajudar estão lá.
Ficam aqui algumas fotos do que foram estes dias…
Parlamento visto da Ponte das Correntes

Praça ao entardecer com o Palácio Real em fundo

"Cá vou eu no meu traby..."

Praça dos Herois

"Anonymus" em Varosliget

Pormenor nas ruas...

Cobertura da Opera


Outros tempos...

2 comentários:

Rubi disse...

Devias ter trazido um Trabant como recordação :D

Anónimo disse...

O passar dos anos e as poucas recordações que tenho trazem-me saudade, mas a forma como a sentiste, como a olhaste, como nos transmitiste, so me fazem ter ainda mais vontade de lá voltar..como é que não reparei em todos esses pormenores tão marcantes e apaixonantes? Realmente quando se tem cultura observa-se o mundo de outra forma...