Desces lentamente à Terra
Desces sem volta a dar
Olhos fechados
Corpo frio de silêncio
Quarto escuro de recolhimento
sonho do qual não irás acordar
Nada mais receberás
Nem um beijo, nem uma carícia
Nem uma lágrima verterá
Já nada és...
Fica a lembrança dos outros
Boa ou má, tanto te dá
Já ninguém sabe de ti
Passaram os tempos
Nada contas
Apenas mais uma pedra
Num jardim de tantas outras
Desces já à terra
E há flores em tua volta
Desces à terra
Não fazes falta...
7 comentários:
á terra desces...
em pó te transformas...
fica a lembrança...
presente nas nossas memórias...
na dos que nos amaram...
na dos que nos odiaram...
mas...
fica a lembrança...
continua menino...
Renato
Muito bonito!
Bj
Ana
E porque é que achas que é mesmo assim?
Porque é que não és nada?
Nunca morres na memoria de quem deixas saudade quanto ao resto, passas a outra dimensão e a ser algo diferente, mas terás sempre forma e energia, serás sempre algo e nunca o mesmo, sempre em mudança e sempre em transformação. A vida na terra é só uma passagem...
Olá,
apreciei bastante o poema. Profundo.
Mas deixo-te a seguinte questão: já leste o Fédon?
Liadan
Nunca li, sei por alto do que trata mas vou procurar saber mais...
Irei visitar o teu blog
Até breve
É um livro pequeno mas com muito conteúdo. Como tive Filosofia de 12º ano cruzei-me com esta obra.
Recebes-te o meu convite?
Blessings
Lia
ás vezes nem é preciso descer à terra...
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