Nick Cave é daqueles autores que há anos me marcam pela sua forma de escrever, umas vezes crua e dura, outras mais sonhadora, e permitam-me, até romântica, mas sempre sombria e decadente.
Este senhor raramente nos brinda com a sua presença em palcos Portugueses e desta vez surgiu a oportunidade de o ver e ouvir ao vivo no Coliseu de Lisboa no passado dia 21.
Uma sala lotada impacientemente esperava o artista, não sem antes levar com uma primeira parte de aborrecimento com uns conterrâneos de nome Dave Graney & The Lurid Yellow Mist (para esquecer).
Uma sala lotada impacientemente esperava o artista, não sem antes levar com uma primeira parte de aborrecimento com uns conterrâneos de nome Dave Graney & The Lurid Yellow Mist (para esquecer).
Por volta das 22h10, inicia-se o culto com o Reverendo Cave a liderar as suas “Sementes do Mal” que depois de alguns anos de interregno voltam a acompanhar, e bem, o Pastor Australiano. Com um concerto muito baseado em músicas do novo “Dig, Lazarus, Dig” deixando a maior parte da plateia um pouco perdida, não perdeu a hipótese de a encantar com clássicos como “into my arms” ou “Stagger Lee” e ainda temas roubados a Johnny Cash, caso de “Wanted Man” ou a Jarvis Cocker com o tema “Nobodys Baby Now”.
Soube sem duvida com o seu ritmo estranho e delirante, cativar um público já sedento de lhe prestar a devida homenagem, pela sua simpatia e sobretudo pela versão Discos Pedidos durante os dois encores , onde questionou o publico incessantemente sobre os temas que queria ouvir…(sinceramente em tanto concerto, nunca tinha assistido a tal coisa).
Soube sem duvida com o seu ritmo estranho e delirante, cativar um público já sedento de lhe prestar a devida homenagem, pela sua simpatia e sobretudo pela versão Discos Pedidos durante os dois encores , onde questionou o publico incessantemente sobre os temas que queria ouvir…(sinceramente em tanto concerto, nunca tinha assistido a tal coisa).
Foram 24 músicas e cerca de 2 horas e meia de Celebração divina para conversão dos infiéis ainda existentes
Declaro-me aqui completamente convertido a essa estranha religião do Reverendo Cave…Até à próxima!
Declaro-me aqui completamente convertido a essa estranha religião do Reverendo Cave…Até à próxima!
1 comentário:
É precisamente quando o senhor Cave encarna a personagem de reverendo que deixo de gostar dele. Da faceta mais séria/melancólica gosto muito. Mas qualquer que ela seja reconheço-lhe o grande talento.
Fiquei com curiosidade, para a próxima penso três vezes antes de decidir não ir ao concerto...
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