quarta-feira, agosto 30, 2006
segunda-feira, agosto 28, 2006
Haunted
Between the sheets I wait for her to come
A living flame, impossible to resist
Burning me deep with every bite, kiss and lick
Invades my sleep with tumescent intentions
Hades I'm sure must be missing a demon
From the panes a green mist swirls
Is it a shadow of reflection?
This apparition in moon beams bathed
A voice like wind through trees beckons
Cool rain on hot summer stone
The odor fills my presence
Of freshly dug grave and death and night
These things are her essence
Nocturnal mistress, spirit lover
Your mouth of wine and woodsmoke taste
My goddess of the violet twilight
You are lust incarnate
In the sweat of my bed
The eastern sky hints of dawning
Alone and awake but exhausted I lie
Oh how I hate the morning"
Type O Negative
domingo, agosto 27, 2006
Sexo e a Cidália
Depois do desaparecimento da Grande Reportagem - um caso de amor - no seu formato mensal e posteriormente em formato semanal como suplemento do DN também, adoptei a NS como leitura obrigatória.
Não tendo pretensões de fazer jornalismo de investigação, tem ao seu serviço autores bastante agradáveis.
Tenho aqui de destacar uma Senhora: Cidália de seu nome, tem a última página da NS como morada e assina das melhores e mais despudoradas crónicas sobre homens, mulheres e afins.
Coragem e frontalidade não lhe falta, bem como um há vontade que não se vê muitas vezes...
Todas as semanas não consigo resistir a um sorriso malicioso ao ler as linhas desta Senhora (escrevo com S maisculo porque merece).
Leiam, acho que vale a pena.
sexta-feira, agosto 25, 2006
Os rebeldes do costume
O bairro em causa, no munícipio da Amadora, é uma das nódoas que ainda resistem na zona de Lisboa.
A dita "população" acampa, em solidariedade com os desalojados, às portas da Câmara Municipal da Amadora. Nas imagens das televisões o que vemos? Para além dos verdadeiros desalojados, os freaks do costume, com os seus cães, a tocar viola para animar a malta, a fumar umas coisas estranhas e a fazer cara de mau para as objectivas.
Os residentes protestam, com ou sem razão, não é o que está em causa, de forma mais ou menos cívica. Os supostos defensores dos coitadinhos, esses provocam a polícia, ofendem os funcionários municipais ao ponto de serem forçados a sair do local...para depois poderem queixar-se da brutalidade policial como fica sempre bem.
Já não há paciência!
segunda-feira, agosto 21, 2006
ESTRANHO PINTOR
sábado, agosto 19, 2006
Tarde de mais
Tarde de mais... Quando chegaste enfim, para te ver Abriu-se a noite em mágico luar; E para o som de teus passos conhecer Pôs-se o silêncio, em volta, a escutar... Chegaste, enfim! Milagre de endoidar! Viu-se nessa hora o que não pode ser: Em plena noite, a noite iluminar E as pedras do caminho florescer! Beijando a areia de oiro dos desertos Procurara-te em vão! Braços abertos, Pés nus, olhos a rir, a boca em flor! E há cem anos que eu era nova e linda!... E a minha boca morta grita ainda: Porque chegaste tarde, ó meu Amor?!... Florbela Espanca |
sexta-feira, agosto 18, 2006
Jogo
Sente-se já o arrepio profundo da antecipação
Segue-se o jogo, Que Comece!
Prestemos-lhe as honras devidas,
As mesmas que se prestam ao ritual macabro
Começas tu...não começa tu...
Seja!
A tentativa de equilíbrio entre o platónico,
A insanidade mais carnal e profana.
Ora doce e suave,
Ora amargo e brutal
De que gostas mais, quais são os teus prazeres?
Estranhos decerto...
Mostra-me a carta que me guia até ao abrigo,
Deixa-me forçar a entrada e rende-te de seguida,
Pois só tu sabes o gozo que tal labirinto poderá dar
Sabe-lo bem, muito bem, demais até,
Serei eu e serás tu, só nós dois no nosso jogo a três!
quinta-feira, agosto 17, 2006
Mors Liberatrix
"Na tua mão, sombrio cavaleiro,
Cavaleiro vestido de armas pretas,
Brilha uma espada feita de cometas,
Que rasga a escuridão, como um luzeiro.
Caminhas no teu curso aventureiro,
Todo envolto na noite que projectas...
Só o gládio de luz com fulvas betas
Emerge do sinistro nevoeiro.
-Se esta espada que empunho é coruscante
(Responde o negro cavaleiro andante),
É porque esta é a espada da Verdade:
Firo mas salvo...
Prostro e desbarato,
Mas consolo...
Subverto, mas resgato...
E, sendo a Morte, sou a liberdade.»"
Antero de Quental
domingo, agosto 13, 2006
Guerra de mim
Procuro nas pedras, nos edifícios gastos e decrépitos da cidade grande, visto-me de lembranças e de medos cheios de mim, sujos de mim, fartos de mim.
Leio e releio em busca de razões plausíveis para esta insanidade frenética que se apodera da minha carne, da massa cinzenta que enche a caixa de pandora que carrego no alto do corpo. Nada é razoável, nada satisfaz, nada sacia, nada...
Tudo é pouco e mesquinho, vivo paralelamente à existência ordinária, tento saquear todos os pedaços de oculto que caem à frente da vida (in)sana que tento levar.
Respiro só porque sim? Só porque fica bem respirar?
Vale mais cortar o vaso que alimenta esta podridão tão adorada pelos que rodeiam o invólucro que me serve de casulo...à espera da coragem para rasgar a camisa-de-forças civilizada e turva...
Alhear-me de tudo não é solução, apenas um até breve a mim mesmo. Farto de forçar, esgotado de fingir, um dia ou nunca. Será nunca?
Foggy Dew
To a city fair rode I
There armed lines of marching men
In squadrons passed me by
No pipe did hum, nor battle drum
Did sound its loud tatoo
But the angelus bells o'er the liffey swells
Rang out in the foggy dew
Right proudly high in Dublin town
Hung they out the flag of war
It was better to die beneath an Irish sky
Than at Suvla or Sud-El-Bar
And from the plains of Royal Meath
Strong men came hurrying through
While Britannia's Huns with their long range guns
Sailed in through the foggy dew.
Their bravest fell and the requiem bell
Rang mournfully and clear
For those who died that Eastertide
In the springing of the year
While the world did gaze with deep amaze
At those fearless men but few
Who bore the fight that freedom's light
Might shine through the foggy dew
As back through the glen I rode again
And my heart with me fell sore
For I parted then with valiant men
Whom I never shall see 'more
But to and fro in my dreams
I goAnd I kneel and pray for you
For slavery fled a glorious dead
When you fell in the foggy dew"
sábado, agosto 12, 2006
Quero
O que não podes dar
O que não permitem ter
Quero
O que escondes
O que finges não ser
O que não podes dizer
Quero
Ouvir, sentir, dar, receber
Fazer rir, fazer sofrer
Pertencer e nunca ceder
Agarrar e não deixar
Quero
Vencer e nunca perder
Torturar, depositar
a raiva contida
no interior do teu altar
Queres?
quinta-feira, agosto 10, 2006
Estranho Escritor
Há alguns escritores estranhos, pelo menos há luz do considerado normal no mundo literário que nos habituámos. Chuck Palahniuk é um deles de certeza...
Norte-Americano, já viu uma das suas obras ser adaptada pela sétima arte : Fight Club (o único que não li). Texto crú e duro, directo e psicótico ao mesmo tempo, aborda fobias e figuras alucinadas, resultado do mundo delirante em que vivemos, com recurso ao humor negro e escrita cruel. Conheço-lhe apenas 4 títulos editados em Portugal - o já falado Fight Club, Asfixia, Sobrevivente e Lullaby. Se alguém conhecer mais algum, que me elucide, porque gostava de ler mais uma história deste ser tão obscuro que, por vezes consegue revolver as nossas entranhas com pormenores descritos. Outras faz-nos identificar com situações, por mais aberrantes que sejam. Leiam e depois digam-me. Isto se tiverem estomâgo para tal, claro...descarto toda e qualquer responsablidade!
terça-feira, agosto 08, 2006
sexta-feira, agosto 04, 2006
Na noite mais longa
Depois, untaram-se com aquela pasta, primeiro nas faces, nos ombros, nos braços e por fim no peito, especialmente em cima do coração. Estavam preparados para o ritual de prazer e submissão que se seguiu. Prazer carnal e espiritual, submissão um ao outro e à Senhora da Noite. Tudo por Ela, tudo por eles.
E amaram-se demoradamente, debaixo de uma lua pálida e fria. Sentindo o cheiro forte da terra molhada e o abraço da noite mais longa.
...Quando terminaram a união dos corpos, caíram, cada um para seu lado e escutaram pacientemente o canto das ave noctívagas, entre o temor e a atracão obscura.
Podiam finalmente descansar em paz, abraçados de novo, resguardando-se mutuamente. Repousando para sempre, se necessário fosse...tinham sentido o que há muito se negavam...Pertenciam-se daqui para a frente!
quinta-feira, agosto 03, 2006
Ataegina
Na Ara da Vida jaz uma morte
A ti te lanço a minha sorte
Ataegina tríade fatal
Pálida Deusa, doce é teu mal
Centenas de corvos sobre o rochedo
Cantam em coro histórias de Medo
De Primaveras que a morte abraça
Em ti encontram a sua desgraça
Devotio Ver Sacrum,
Devotio Consecratio,
Capittis Amore Dirae
Rainha da Noite, Rainha Natura
Saudoso berço primaveril
Já se choram filhos perdidos
Para terras amargas sem retorno
Onde à voz dos Deuses Perdidos
Bebe o povo o sangue do corno
Corças alvas trazem esperança
Lembram destinos, a vitória
Nobre Guerra, furiosa dança
Do pó sai um rumor de glória
Devotio Ver Sacrum,
Devotio Consecratio,
Capittis Amore Dirae
Rainha da Noite,
Rainha Natura
Saudoso berço primaveril
quarta-feira, agosto 02, 2006
Gumes
Este belo acordo que nos vai ligar
Juro pela vida nunca me trair
Juro pela vida sempre resistir
Juro pela vida nunca obedecer
A qualquer vontade fora do meu ser
Juro pela vida sempre acreditar
No poder sagrado que nos faz amar
Juro pela vida sempre contrapor
O valor da festa contra o tédio em vigor
Juro pela vida todo me entregar
À paixão do jogo do corpo e do criar
Radical radical radical
Hei-de ser no agir no pensar
Só na luta há festa só na luta há gozo
Para ter um destino aventuroso
Eis o Graal nosso Graal"
Mão Morta - "Gumes"
terça-feira, agosto 01, 2006
Publicidade institucional
O primeiro é da responsabilidade do Ministério da Administração Interna e faz parte de uma campanha de sensibilização devido ao elevado número de crianças mortas nas estradas portuguesas todos os anos. Resumindo: centenas de crianças a embarcar num avião, sentam-se, apertam os cintos ao mesmo tempo que uma voz informa: "todos os anos cai um avião cheio de crianças em Portugal"...A simplicidade e a força da mensagem atingem-nos no ponto certo.
O segundo trata de um problema de todos os verões: o abandono de animais. Este da responsabilidade da União Zoófila. A cena é um funeral (a preto e branco) a família, os amigos, todos prestam homenagem ao desaparecido, mas depois de tapado o caixão, abandonam o local...todos nao, um cão deita-se em cima da campa e fica. De seguida um texto óbvio..."ele não nos abandona, nós somos capazes?" - (algo com este conteúdo)
Forte e simples como mandam as regras. Parabéns às entidades responsáveis e mais ainda às empresas que criaram estas duas maravilhas da "arte" da publicidade.
Vêem como ainda há boas ideias em Portugal?