Por mais que tente perceber o porquê, a vida tem-me trocado várias vezes as voltas.
Não sou de lamúrias, quem me conhece de perto sabe que não sou o chamado "queixinhas", tão afamado politicamente nos ultimos tempos. Não sou de chorar porque ganho pouco, ou lamentar a vida com poucos valores materiais que tenho, até porque vejo sempre o lado de quem menos tem, e ao queixar-me, sinto que estou a ser desrespeitoso para com essa grande trupe que aumenta dia a dia neste meu malfadado Portugal...
Tenho o que tenho, já tive mais, poderia ter menos...a vida e os caminhos que escolhemos são com os que temos de (con)viver.
Também não sou isento de ambição, porque é humano, é natural ser-se insatisfeito, desde que não de forma doentia, de forma invejosa, ácida até. A inveja boa é saudável e faz-nos ter força para voltar a respirar no próximo segundo, quando tantas vezes essa força nos falta, ou até nos surgem ideias parvas de suster a respiração e esperar que o nosso filme acabe por aqui, triste e cinzento.
Tento manter-me à tona, por mais que sinta por vezes mãos invisiveis a puxar-me para o fundo, tento manter a força para dias piores, sempre na esperança quase secreta que a bonança volte em breve...
Sinto falta sobretudo da paz sentida por poder olhar em redor e saber que tudo está bem com quem me é querido. Isso sim, era uma merda importante de me acontecer na vida.
O resto... sim adorava poder viajar como pude no passado, não contar os centimos até ao próximo ordenado, encher de presentes quem gosto, fazer feliz quem me faz feliz... mas o que dava agora por poder descansar sossegado sabendo que tudo à minha volta estava bem...
Aí sim! Descansava...
segunda-feira, fevereiro 25, 2013
segunda-feira, fevereiro 18, 2013
Afectivamente...
Foto: Palcoprincipal (André Vitor Tavares)
Passados alguns anos, revi o Grupo Novo Rock no mesmo palco onde os tinha visto da ultima vez. O grande auditório do CCB quase que lotou para receber os embaixadores do norte neste concerto com uma vertente assumidamente mais intimista e acústica.Uma visita à capital que serviu para revisitar velhos temas, alguns menos conhecidos, mas não deixando de fora os grandes exitos destes mais de 30 anos de carreira.
A relação amorosa começou com um preliminar misturado de Popless e Rei do Roque, acompanhado pelo violino de Ianina Khmelik, do piano de Toli César Machado e o baixo de Jorge Romão.
O concerto com cerca de 2 horas, teve as participações dos Beatbombers, um grupo de Dj's das Caldas da Rainha que interpretaram uma versão de Verdes Anos, do guitarrista Carlos Paredes, bem como entraram com a sua magia nos temas Las Vagas e Sangue Oculto, animando as hostes.
Surgiram ainda em palco as cantoras Mitó do grupo A Naifa que interpretou Valsa dos Detectives e Sete Naves, bem como Márcia que cantou em dueto o tema Morte ao Sol e a solo a Cabra-Cega.
Estava ainda reservada mais uma surpresa, a presença de Camané, fadista que recebeu a maior ovação da sala, interpretando Cais e Você (Verbo Amar).
A actuação envolveu ainda temas como Sub-16 e Dunas, que marcou o final do espectaculo, com todos os convidados em palco a cantar o refrão em plena festa na plateia que entretanto se tinha esquecido que a sala era composta por lugares sentados, dançando e aplaudindo Rui Reinhinho e os seus típicos trocadilhos e trejeitos. Até uma próxima...
segunda-feira, fevereiro 04, 2013
sábado, fevereiro 02, 2013
Caminha...
De que vale tentares lutar contra ti?
Que te importa caminhar no trilho certo?
Ser o homem que esperam que sejas...
Ter a alma escondida, na penumbra,
À espera de se poder libertar?
O que conta o politicamente correcto,
O certo e educado,
A polidez e a brandura,
Quando por dentro ruge a besta,
O animal que teima em ser livre,
O monstro de prazer e dor que voa.
Salta para além do fisico,
para além do permitido...
Devora-te as entranhas,
Sabes que queres...
Queres, mas não podes,
Queres, mas não deves...
Mas queres...
Desejas...
Torturas-te...
(Sobre)vive a ti...
Dobra o teu ser...
Canibal de ardentes paixões.
Proibidas, proibitivas.
Que te importa caminhar no trilho certo?
Ser o homem que esperam que sejas...
Ter a alma escondida, na penumbra,
À espera de se poder libertar?
O que conta o politicamente correcto,
O certo e educado,
A polidez e a brandura,
Quando por dentro ruge a besta,
O animal que teima em ser livre,
O monstro de prazer e dor que voa.
Salta para além do fisico,
para além do permitido...
Devora-te as entranhas,
Sabes que queres...
Queres, mas não podes,
Queres, mas não deves...
Mas queres...
Desejas...
Torturas-te...
(Sobre)vive a ti...
Dobra o teu ser...
Canibal de ardentes paixões.
Proibidas, proibitivas.
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