Respiro do oxigénio rarefeito
Reciclado, saturado, artificial
Um lixo gasoso que me prende
À sobrevivência do corpo.
A alma, o verdadeiro ser
Essa já voou, já soltou amarras
E segue livre finalmente.
Livre como sempre desejou ser
Nunca corajosa para se ousar
Livre de forma assustadora
Quase vertiginosa
Sentimento virgem,
Atemorizante e ébrio.
Descarrega-se o Medo,
Vence-se o Medo,
Morre o Medo
...e sim...
Sou Livre!
O corpo..?...esse fica.
Despojo imóvel como sempre,
Desnecessário e usado...
quinta-feira, junho 24, 2010
sábado, junho 19, 2010
Livro de Cabeceira XIII
Como já devem ter percebido, tornei-me um acérrimo adepto e consumidor deste autor Português. Lisboa Triunfante versa mais uma vez a mitologia lusa, em especial a criação de Lisboa e a luta cosmológica entre duas figuras miticas que estão na origem da capital Portuguesa. Duas figuras dispares que se complementam que se envolvem numa disputa milenar, dando o equilibrio necessário ao nascimento da Lisboa moderna, que afinal tanto possui ainda de mitos e lendas carregadas de sentidos ocultos. Desde a pré-história aos dias de hoje, acompanhamos pelos olhos de personagens históricas, como Frei Gil de Santarém, o santo que fez um pacto com o demónio, D. João V, o Rei Sol Português, crente no V Império e o escritor Aquilino Ribeiro, estes contactos "casuais" com a Raposa e o Lagarto, icones e/ou totens sacro-profanos desta terra que hoje ocupamos. Confundidos com o relato? Leiam e façam a vossa própria interpretação...
segunda-feira, junho 14, 2010
O ultimo cigarro
Fumou o último cigarro do maço
Já desbotado, que vivia dentro do bolso
Enquanto ponderava nesse cérebro confundido
de cansaço e demência, o que fazer...?
Talvez o cigarro lhe desse a resposta.
Admirou o laranja vivo que o consumia e fazia morrer.
Seria mera morte ou apenas transformação?
Afinal a morte do cigarro dava lugar
Ao nascer do fumo pardo
Intoxicante e viciador...
Pensou no que tem e sobretudo, no que perdera
Ao longo do caminho demasiado longo,
Satisfez-se ao reparar que as perdas
Já não magoavam assim tanto,
Já não asfixiavam como antes,
Não passavam agora de pedras pequenas
Na paisagem deserta da vida.
No fim de contas era a única coisa
que quebrava a monotonia do horizonte da memória...
Já desbotado, que vivia dentro do bolso
Enquanto ponderava nesse cérebro confundido
de cansaço e demência, o que fazer...?
Talvez o cigarro lhe desse a resposta.
Admirou o laranja vivo que o consumia e fazia morrer.
Seria mera morte ou apenas transformação?
Afinal a morte do cigarro dava lugar
Ao nascer do fumo pardo
Intoxicante e viciador...
Pensou no que tem e sobretudo, no que perdera
Ao longo do caminho demasiado longo,
Satisfez-se ao reparar que as perdas
Já não magoavam assim tanto,
Já não asfixiavam como antes,
Não passavam agora de pedras pequenas
Na paisagem deserta da vida.
No fim de contas era a única coisa
que quebrava a monotonia do horizonte da memória...
sábado, junho 12, 2010
Viagens
quarta-feira, junho 09, 2010
Pego do Inferno
Esta é uma das descobertas dos curtos dias de férias que passei no sudeste algarvio.
Fica no interior do municipio de Tavira, mas é relativamente fácil de dar com o sítio.
O Pego do Inferno é uma (muito) agradável surpresa, um acidente geológico muito raro na paisagem algarvia, senão único mesmo. A cascata em si não é muito alta, cerca de 3 metros de altura, mas a envolvente da lagoa associada à cor das águas...é de visitar e aproveitar.
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