domingo, setembro 28, 2008

Opus Magnum

Queria parar o mundo
A forma imutável como gira
Queria parar…só por momentos
O respirar do corpo que ocupo
Suster o avançar da ditosa obra
De um deus que não pede opinião
Queria congelar o tempo
Ver-me de fora, como se olhasse
Para outro, que não sou eu.
Olhar com a curiosidade distante
Possível a quem não sente
E no fim…no fim, se (me) reprovar
Ousar o papel divino
Prolongar essa apneia eternamente.

6 comentários:

Anónimo disse...

Já vi que te voltou a inspiração!
Ainda bem para todos nós que se delicia a ler este blog!

Anónimo disse...

Morrer para que? Não resolve nada e dizem que não é lá grande coisa..

sérgio alcântara disse...

Não sei se é grande coisa ou não, mas pelo menos da para descansar...
Se puder voltar de lá eu depois conto como é.

Anónimo disse...

Descansar? Não me parece...so descansas por la se tiveres tido uma boa vida por ca..senão, não penses que é a salvação, porque o sofimento continua.
Alem de que segundo dizem os entendidos, quem se mata, sofra a dobrar, porque enquanto não chegar a data prevista por Deus para a morte estara sempre a sofrer o castigo de ter feito de Deus sem autorização..Pensa bem

klf disse...

Polícia...
Poeta,
Artista,
Fotógrafo,
Espiritualista,
denuncia tanta sensibilidade
diz o poeta que "nossas vidas são os rios que vão dar ao mar,que é morrer. Grande canto!!!"

sérgio alcântara disse...

Agradeço desde já a visita que muito me honra. vai aparecendo e comentando sempre que achares merecedor.
Nem sempre a nossa profissão mostra o que somos na verdade...
Obrigado!