Por quem os ferros dobram...

Um dos conjuntos que mais me impressionou na visita ao Cemitério de Agramonte foi este Memorial.

Aqui, em 1888, foram depositados em vala comum 88 dos 120 corpos carbonizados retirados dos escombros do desaparecido Teatro Baquet, situado na actual Rua 31 de Janeiro, perto do Teatro Sá da Bandeira, que durante uma peça na noite de 20 para 21 de Março daquele ano sofreu um violento incêndio com 600 almas no seu interior.

O Teatro já tinha sido "amaldiçoado" quando ao ser inaugurado, em 1859, a Rainha D. Estefânea faleceu, o que para o povo não foi um bom augúrio.

O Memorial é simples, mas a ideia de colocar nele os restos mortais do próprio edificio, retorcidos e moribundos, tocou e arrepiou este que vos escreve...

R.I.P.

Culture made in Oporto

Foram 4 dias de overdose cultural, de caça fotográfica e de muitos quilometros a pé.

Valeu a pena - Serralves (finalmente apanhei a casa aberta) ; Soares dos Reis; Museu Romântico; Casa da Música (instalação sobre José Afonso); Teatro Nacional de S. João, para assistir ao D. João de Moliére (soberbo); Caves do Vinho do Porto; Palácio da Bolsa (cheio de simbolismo, infelizmente proibido fotografar); Igreja de S. Francisco; Livraria Lello (uma das mais belas que conheço) ; Cemitério de Agramonte (não podia faltar o lado mais negro da coisa) etc, etc, etc...

Ficam aqui algumas imagens captadas na Capital do Norte, que me cativa mais a cada passagem por lá.

Em breve coloco mais fotos do evento...prometo!

Lisboa (re)visitada

Largo da Graça

Marquês de Pombal

Igreja da Graça

(reparem onde pousam as patas da águia bicefala)

Aeneid

"Sequere Lusitaniae uentis, pete regna per undas(...)Sequar atris ignibus absens et cum frigida mors anima seduxerit artus omnibus locis adero: dabis improbe poenas!"

Gato Preto

Não, não é o Demo regressado à terra. Apenas a gata cá de casa, de nome Mafalda, que se dá a sessões fotográficas. Apareceu um dia sem ser convidada, sentada no sofá e por cá ficou até hoje.

É o típico caso de sermos adoptados por um animal. Foi ela que nos escolheu, literalmente...e não larga!

Regresso Esperado

Pois é, após alguma indecisão, o pessoal que faz do nosso lar a sua casa de férias estivais, regressou em grande barulheira e sujidade. Feliz Primavera/Verão passarada!

(ausentaram-se aquando da fotografia para adquirir mais alguma peça de mobiliário para a casa)

O Eterno Retorno

"Nietzsche"… A vida, os actos bons e maus repetem-se em turbilhão perante a nossa incapacidade de mudar o rumo das coisas. O sentimento de Déjá-vu que tantas vezes nos baralha e atormenta talvez venha a revelar algum nexo. Noutro local já sentimos o mesmo ou já estivemos aqui ou então já agimos desta forma.
Acaba por não haver novidade, nada nos surpreender verdadeiramente depois da lembrança do passado nos bater à porta para mais uma visita.
Será a nossa vida uma cópia de sentimentos, de actos repetidos ao ponto de serem considerados um ritual litúrgico de vivência e banalidade?
Se o mundo tivesse um objectivo, não teríamos já tido tempo de o alcançar?