sexta-feira, março 02, 2007

A Cidade Imperial

Já aqui escrevi anteriormente sobre Mafra e o seu pseudo-destino para ser capital espiritual do Império prometido a D. Afonso Henriques pelo próprio Jesus Cristo aquando da reconquista cristã. O V Império tão caro a Pessoa, a Padre António Vieira e a tantas outras personagens da nossa história.
Esse aguardado Império teria em Lisboa a nova Jerusalém, a sede de um universo novo cuja capital foi, após o terremoto de 1755 redesenhada de acordo com a lógica e com a crença partilhada por Sebastião José de Carvalho e Melo, Ministro de D. José, por sua vez filho de D. João V, o mentor de Mafra.
Vários estudos foram efectuados sobre a arquitectura da Baixa Pombalina, mas fica aqui mais um alerta para quem queira fazer este exercício mental ou in loco.
Partindo do local onde em tempos estava o Cais das Colunas, entretanto retirado pelas obras do metro, estas (as colunas) eram encimadas por duas alcachofras, símbolo alquímico de renovação de renascimento, pois as alcachofras ao contrário de quase todos os materiais combustíveis, ao carbonizar atinge a cor branca em vez de negra, sendo assim na tradição alquímica o equivalente à mítica fénix.
Daí olhem para a Praça do Comércio...à volta podemos contar 78 arcadas, 22 frontais (11 de cada lado do Arco da Rua Augusta) e 56 laterais. Acaso? Nada disso. 78 é o número de cartas do Tarot, dividindo-se entre 22 Arcanos Maiores e 56 Menores.
Depois, o Arco da Rua Augusta, verdadeira porta de entrada da Cidade Imperial.
As Ruas do Ouro, da Prata e Augusta, as três principais artérias da Baixa. O Ouro, símbolo do Sol, da Luz, força, Homem. A Prata, Lua, noite, Mulher. Os opostos, a luz e a escuridão, o Yin e o Yang. Ao meio a Rua Augusta, a maior, mais larga, Augusta de magnífica, coluna cervical do Templo esotérico ali erguido, união dos opostos.
No centro da Praça, a estátua de D. José, que se repararem verificarão facilmente que nada se assemelha a uma figura típica lusa. Aparece retratado como Cavaleiro de longos caracóis, capa curta, usual nos templários e com o cavalo esmagando serpentes. Uma alegoria óbvia de S. Jorge, patrono de Lisboa.
Avançando por Lisboa Chegamos à Rotunda do Marquês de Pombal, a vislumbrar o templo, ao cimo o Parque Eduardo VII, Rei Inglês e Grão Mestre da Maçonaria a supervisionar o seguidor Pombalino. Mais acima o Duque de Saldanha, também ele maçon, neto do Marquês, que aponta para o seu avô, como que indicando o caminho do Império. Na estação do metro do Marquês podemos ver alguns apontamentos dessa história tão estranha e fascinante.Caminhem e vejam as coisas de outra forma...ou pelo menos tentem, já não seria mau. Abrir os horizontes nunca fez mal a ninguém.

1 comentário:

sérgio alcântara disse...

Desculpa...para a próxima escrevo sobre moda, perfumes e maquilhagem.
Prometo!!!
gostavas, não era?
Ah, quanto ao tarot, não sou crente, mas quem arquitectou a Praça do Comércio pelos vistos acredita...