Há recantos espalhados por esse Portugal onde entramos e recuamos anos, por vezes séculos, onde nos sentimos regressados ao tempo sem pressas, sem “stresses”, quando podíamos sentar, beber um café ou uma cerveja e ler o jornal ou simplesmente observar quem passa e quem fica…
Esses recantos que falo são cafés, alguns já com centenas de anos de servir a bica tão típica, outros mais recentes mas que marcam claramente uma época, quer pela arquitectura, quer pelo estatuto adquirido junto da população local.
Entrar nessas máquinas do tempo e apreciar o seu cheiro, o seu pulsar, até o ar decadente entretanto adquirido com o passar da moda e da época áurea que já conheceu.
Exemplos em Portugal existem muitos e vou falar apenas de alguns que experimentei. Para mim foram verdadeiras experiências.
No Porto, o incontornável e snob Majestic, sobrevive com o seu charme elitista.
Em Coimbra, quem nunca passou pelo Santa Cruz e saboreou uma Topázio nas suas mesas, sentir o cheiro da madeira velha, a lembrar a Igreja sua vizinha…
Em Tomar, o “velhinho” Café Paraíso (na foto) no seu estilo estado novo, um verdadeiro ícone do tempo da outra senhora, onde apreciei quem passava ao saborear o cachimbo numa tarde fria de Março.
Em Lisboa, felizmente ainda resistem alguns cafés da história como o recentemente homenageado Martinho da Arcada, o Nicola ou os mais “recentes” Suiça e Império resgatado a tempo antes de ser transformado em local de Culto (???) religioso.
Mais a sul, o Arcada em Évora, um espaço megalómano para a realidade actual, com direito a barbeiro e jornaleiro à antiga no seu interior. Espero que ainda resista porque estava para ser adquirido por uma multinacional.
Há coisas que não se compram e uma delas é a saudade que estes resistentes deixam quando respiramos os seus ares. Não nos façam perder mais estes pedaços de história viva…
Esses recantos que falo são cafés, alguns já com centenas de anos de servir a bica tão típica, outros mais recentes mas que marcam claramente uma época, quer pela arquitectura, quer pelo estatuto adquirido junto da população local.
Entrar nessas máquinas do tempo e apreciar o seu cheiro, o seu pulsar, até o ar decadente entretanto adquirido com o passar da moda e da época áurea que já conheceu.
Exemplos em Portugal existem muitos e vou falar apenas de alguns que experimentei. Para mim foram verdadeiras experiências.
No Porto, o incontornável e snob Majestic, sobrevive com o seu charme elitista.
Em Coimbra, quem nunca passou pelo Santa Cruz e saboreou uma Topázio nas suas mesas, sentir o cheiro da madeira velha, a lembrar a Igreja sua vizinha…
Em Tomar, o “velhinho” Café Paraíso (na foto) no seu estilo estado novo, um verdadeiro ícone do tempo da outra senhora, onde apreciei quem passava ao saborear o cachimbo numa tarde fria de Março.
Em Lisboa, felizmente ainda resistem alguns cafés da história como o recentemente homenageado Martinho da Arcada, o Nicola ou os mais “recentes” Suiça e Império resgatado a tempo antes de ser transformado em local de Culto (???) religioso.
Mais a sul, o Arcada em Évora, um espaço megalómano para a realidade actual, com direito a barbeiro e jornaleiro à antiga no seu interior. Espero que ainda resista porque estava para ser adquirido por uma multinacional.
Há coisas que não se compram e uma delas é a saudade que estes resistentes deixam quando respiramos os seus ares. Não nos façam perder mais estes pedaços de história viva…
3 comentários:
Pessoalmente, tenho óptimas memórias da pastelaria Versailles na Av. da República em Lisboa.
Foi inaugurada em 1922 e ainda hoje (felizmente), mantém a decoração interior, claramente de inspiração Arte Nova.
Foi dos poucos estabelecimentos, de valor semelhante, que soube resistir à era do fast-food e que sustentou sempre, o seu conceito inicial.
Adoro lá ir tomar um pequeno-almoço tardio ao fim-de-semana
:))))))
Concordo, com os dois...
A Versailles sempre me vai lembrar os dias de escola ali ao lado e o Paraíso uma noite surreal de copos, em tempos idos em que Tomar estava no mapa devido aos Quinta do bill...
Mas em lisboa também temos a velha Mexicana, o sempre bonito Nicola e a fashionable ou antes, gay, brasileira...
Mas sempre gostei dos croissants da Benard... dos meus tempos de bairro alto...
Nada se compara aos croissants da Benard, ainda hoje quando la passo não resisto, e não é que continuam iguais?
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