"Se tudo quanto disseste,
- E foram quatro palavras!
Foi tudo quanto sentiste,
Então...,
Porque estranhas
Que eu fique triste?
Podias ter tido pena –
Desta ilusão
Que era a maior e a mais bela
De quantas pude sentir!
Sim, podias ter mentido,
E era tão fácil mentir!
Tentei beijar-te? – perdoa;
Arranjavas um pretexto:
«Agora, não..., outro dia!...»
E eu ficava-me contente!,
- Se eras tu,
A tua boca, os teus olhos,
- Se eras tu quem me mentia!"
António Botto