sexta-feira, janeiro 31, 2014

Mar revolto


Como vagas do mesmo mar

Umas vezes revolto e tempestuoso,

Outras chão como rio que corre adormecido

Cedes e retiras,

Acalmas para depois incendiar…

Tal como na natureza pura,

Os movimentos perpétuos mas indefinidos causam erosão,

Comem por dentro e fazem-nos desmoronar,

Desfazem-nos lentamente

Corroem-nos as bases e tombam-nos


Sorte a das terras longínquas do mar,

Que não sofrem tal martírio

Que não sentem o bater incerto da revolta

A dor de quem não sabe o que esperar

A mágoa do ser que prefere hibernar a sofrer…



1 comentário:

Anónimo disse...

Sao um reflexo, tal como o de um ser humano. Umas vezes tempestivo, outras brando. A inconsistência da existência. Ora boa ora má. Ora construtivo ora destrutivo. Mas nunca indiferente.