Como vagas do mesmo mar
Umas vezes revolto e tempestuoso,
Outras chão como rio que corre adormecido
Cedes e retiras,
Acalmas para depois incendiar…
Tal como na natureza pura,
Os movimentos perpétuos mas indefinidos causam erosão,
Comem por dentro e fazem-nos desmoronar,
Desfazem-nos lentamente
Corroem-nos as bases e tombam-nos
Sorte a das terras longínquas do mar,
Que não sofrem tal martírio
Que não sentem o bater incerto da revolta
A dor de quem não sabe o que esperar
A mágoa do ser que prefere hibernar a sofrer…