segunda-feira, dezembro 10, 2012

Porto de abrigo



Deixa-te levar pela hipnose terna do amor,
pelo sexto sentido desperto,
Segue o trilho do sentimento, da loucura permitida,
Investe, ataca de frente, a lúxuria da essência carnal,
A dor lacrimejante dos olhos cegos de paixão

Segue... Segue...

Altivo e pedante, o teu deus regressa ao mais primitivo dos altares,
O útero querido, desejado, louco de desejo...
Á espera da deposição enraivecida da semente escaldante do ser.

Recebe em ti o mais ilustre visitante,
Abre para ele o teu mais ínfimo segredo.
Aloja-me... Alimenta-me... Faz-me perder em ti...

Deixa-me morrer dentro de ti,
sentir o bater uníssono da máquina que teima em viver, a nossa máquina
repousar no teu intimo prazer... escorrer em ti, saborear em ti...

Seres tu a minha fonte das delícias, tu a minha sede saciada...
Tu o meu preenchimento completo de desejos ardentes.
O meu porto de calmaria depois da tempestade voraz dos momentos mágicos...

Sê tu... Só tu...

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