A fluidez do manto obscuro que se debruça sobre nós,
A noite difusa que nos faz torturar com a solidão mais uma vez,
roçando o insuportável...
Que neblinas te escondem? Que perfumes cerimoniais diluem o teu odor?
Foges?
A alquimia do ser, a receita imoral de deuses caídos em desgraças consecutivas
Está perdida definitivamente, entre ruínas sujas e sombrias de gente anónima,
Ignorada, passageiros da multidão, ninguém repara, ninguém toca... Nada és, Nada serás...
Não te permito...Não te vejo... Nem te sinto...
domingo, julho 31, 2011
quarta-feira, julho 27, 2011
Não...
Há Bola de Berlim!
Numa recente visita ao Meco encontrei na praia um daqueles (cada vez mais raros) ícones da cultura popular portuguesa: O vendedor de bolas de Berlim.
Eu sei que ainda vão restando uns quantos mas este, de nome "Manel", chamou-me a atenção pela forma de publicitar o produto. Rimas populares, frases que deixam um sorriso na cara de quem ouve.
Acompanhado por um casal de namorados adolescentes que o ajudam na venda, vai fazendo quilómetros pelo areal sempre com uma rima pronta a sair:
"As bolas do meco são boas como o caneco"
"As bolas da asae, come o filho e paga o pai"
"trata o namorado com maneira, ele é que tem a carteira"
Duas pérolas que me fizeram rebentar a rir...
"bonjour monsieur, as bolas para meter...no estômago"
Ao ver duas jovens saudaveis na toalha, aproxima-se e diz:
"ai meu deus que coisas tão boas... que tenho aqui na caixa para vocês"
um verdadeiro poeta e animador daquela praia, que faz parte da nossa cultura popular.
Um abraço Manel... espero que continues!
Subscrever:
Mensagens (Atom)