O tecto escuro que me acolhe, enegrecido pela sujidade e pelo tempo
Já não me parece ser o mesmo do início das horas...
Aquelas horas mortas em que olhava para nada e pensava tudo.
Naquelas horas onde tudo pode ser e nada é,
Deitado, olhos no tecto sujo e sombrio,
Passam por mim mundos passados e sonhados,
Num delírio fugaz que me deixa calmo e apaziguado
Sonharei eu os mesmos sonhos que tu...?