Desces lentamente à Terra
Desces sem volta a dar
Olhos fechados
Corpo frio de silêncio
Quarto escuro de recolhimento
sonho do qual não irás acordar
Nada mais receberás
Nem um beijo, nem uma carícia
Nem uma lágrima verterá
Já nada és...
Fica a lembrança dos outros
Boa ou má, tanto te dá
Já ninguém sabe de ti
Passaram os tempos
Nada contas
Apenas mais uma pedra
Num jardim de tantas outras
Desces já à terra
E há flores em tua volta
Desces à terra
Não fazes falta...