sexta-feira, agosto 31, 2007

Na sombra fria

Na sombra fria dos penhascos
O vulto pardo da dor encontra abrigo
Fugidia e dissimulada descobre quem a acolha
Mesmo sem o saber, mesmo sem o desejar,
Estranhando-a…
Tarde demais depois,
no fundo do corpo já dependente
do sabor inebriante.
Depois de entranhada viverá,
Vampira de angústias e de prazeres…

terça-feira, agosto 21, 2007

Portador de Luz

Existem diversas teorias sobre a origem da denominação do povo ancestral tomado naturalmente como origem dos Portugueses.
Uns apontam para o nome de uma das tribos celtas que habitava no território, os Lusones, referida por Estrabão. Outros indicam uma teoria bem mais interessante cuja explanação aqui deixo.
Lusitanos seria um nome derivado do facto de ocuparem terras de Lu, o Deus Endovélicus, adoradores de vários Deuses entre os quais Lux ou Luci, o Deus da Luz.
Segundo a tradição teosófica o primeiro Arcanjo a subir das profundezas do caos foi Lux ou Lúcifer. Antes de John Milton, no seu livro Paraíso Perdido, nunca Lúcifer tinha sido apenas conotado com o mal, sendo em vez disso o portador da Luz, conforme o nome indica Luciferus – aquele que ilumina.
É conhecida a força distorcedora da igreja católica ao enfrentar as velhas crenças “pagãs” e como as adulteraram em seu proveito…
Não será de estranhar a colocação de Lúcifer entre as forças causadoras do mal do mundo…É fácil demonizar quem não entendemos ou não queremos entender...

terça-feira, agosto 14, 2007

Voo livre

Foto tirada na Foz do Lizandro...

quarta-feira, agosto 08, 2007

NO CHANCE OF LIES...


"What the SOUL hides, BLOOD tells..."

segunda-feira, agosto 06, 2007

Não durmas...

Não me abandones pelo sono…não já…demora mais um pouco esse combate com os deuses que te esperam no outro mundo, o que não controlas, dos sonhos e pesadelos.
Ainda ouço o vento a chamar por mim lá fora, no gelo que queima, na noite escura.
Esse vento que faz a chama da vela que nos ilumina dançar como se uma possessão lhe tivesse tomado conta do espírito.
Olho para as sombras que a acompanham na dança frenética pelas paredes e tremo de horror, parecem fantasmas de tempos passados a exigir a minha presença, o meu amor.
Não durmas ainda…conta novamente as velhas histórias de onde vieste, dos altos montes onde os veados ainda correm, onde o javali ainda é senhor, faz-me sentir o olhar altivo das águias que planam ao longe.
Conta-me do ribeiro que passava perto da tua casa e onde as gentes lavavam os seus pecados sem intermediários e sem dor…
Faz-me sentir os cheiros e sabores que rodeavam a tua infância, as ervas aromáticas que queimavas em respeito à Deusa Mãe, com reverência e encanto de quem vive e sente diferente.
O Sol, esse, ainda dorme o primeiro sono e vai demorar a acordar, não durmas, conta-me uma nova história, das que confortam e fazem-me sentir perto.

Não me deixes…eu não te deixarei…

quinta-feira, agosto 02, 2007