sábado, agosto 15, 2015

Às vezes


Às vezes...
Às vezes ao sentir o cheiro da maresia dá-me vontade de chorar,
Às vezes ao olhar a lua, uma lagrima corre rápida a distancia
Entre o olhar e os meus lábios semi abertos...

Às vezes sinto uma profunda vontade de gritar,
de emancipar todas as forças silenciosas que guardo em mim
de libertar as dores da incompreensão que mata pouco a pouco.

Às vezes...
Às vezes o desespero toma a rédeas da vida, 
do momento descontrolado e morro em mim.
rebentam as aguas do homem encarcerado e hibernado,
estoura-se o mundo.
Mas só às vezes...


sábado, agosto 01, 2015

Labirintos...


Klimt - Birch Forest

Deixa-me repousar em ti,
dormitar no teu colo,
acordar com o teu olhar profundo 
e a chuva a bater no vidro

Deixa-me existir, sobreviver em ti
inspirar cada expiração tua,
percorrer essa pele morna e carente 
sonhar os teus sonhos

Deixa-me ser teu, viver por ti
olhar o mundo contigo,
inebriar-me da tua garrafa
fumar do teu cigarro

Embebeda-me de prazer 
enche-me da tua vida
correr para o teu corpo, 
para a boca sedenta de desejo

Os lábios, esses lábios rubros 
de sangue ardente, louco e palpitante,
o doce sabor do vinho quente,
que escorre entre nós...

Labirinto eterno de indecisão...