domingo, junho 07, 2015
Vallin Mattheis
"... Mas deixei de me interrogar sobre estrelas e livros; Eu comecei a ouvir e a ensinar os meus sussurros de sangue... "
segunda-feira, junho 01, 2015
Mundo Meu
O que mostro de mim é apenas um verniz gasto, uma capa suja que protege do mundo...
Quando escrevo é como se quisesse rasgar essa capa e mostrar como sou, o que sou.
Como as bossas de um monstro marinho que saem de águas profundas, mas nunca sabemos quando ou onde...Para depois desaparecer novamente no abismo profundo do outro mundo. O mundo meu onde poucos seres entram, raramente sem convite.
Mas tu...Tu entraste sem pedir licença, escancaraste-me as portas de par em par e ficaste... Ficaste aqui no mundo que era meu, no mundo onde vivem os sonhos, as mágoas, as dores invisíveis.
Ficaste inabalável, como pilar de mármore milenar que sobrevive às desventuras das tempestades, resistente aos abalos geocêntricos dos egos em colisão.
Sobrevives... Estática, enigmática tal esfinge cujas areias dos tempos tenta esconder, a erosão dos séculos esbate, mas não destrói.
És matéria, és etérea em mim. És o tudo e o nada...Mas és!
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