Guardem todo o rol de letras que surgem, pois apenas fui o escriba do tormento, a forma física de reaparecer no mais alto e escuro mundo onde sempre vivi e de onde tento fugir há anos, fingindo ser quem não sou. Viver como não sei, gostar como não gosto, não da forma mais pura e dura, aquela que satisfaz, aquela que satisfaz o outro...o mais forte.
Tento desempenhar um papel para o qual não fui talhado, quando na verdade anseio por mostrar a espinha, as entranhas ávidas de tudo quanto me proíbo...não sou eu, é apenas uma sombra do que poderia ser.
Quero mais, muito mais, tanto que não serei eu a saciar, mas posso ser o veículo da metamorfose, ser o objecto da demência, até assumir de uma vez tudo o que descansa dentro deste corpo banalizado.
Liberta o sopro da natura selvagem, como litânia cantada nas profundezas do oceano mais negro, vive a vida como se não existisse outra, pois essa, infelizmente é a crua realidade.
6 comentários:
Já me apercebi que por vezes a linha que separa o sonho do pesadelo é assustadoramente ténue... Vi-me ao espelho em muito do que escreveste.
nota: estou sem internet em casa por tempo indeterminado, mas depois posso enviar-te Beltaine.
O fantasma voltou?! Surpreendente! Será que não vês que não há espaço para ti!!! És constantemente apagada...e fraca, porque na realidade não existes!
Os sonhos e os pesadelos só nos afectam se deixarmos...
Beijos
Um estranho estado de latência...
Non omnis moriar...
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